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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Amo-te...

Estou em dívida... é verdade.
Mas é por um bom motivo, o melhor de todos. Tenho-me dedicado de corpo e alma à minha princesa, a minha mais recente razão de viver: a Ema.

Ainda não vim contar como foi o parto, se bem que a maior parte dos amigos e de quem me segue por aqui sabe que nos pregou uma partida e à última da hora resolveu dar a volta novamente e sentar-se. Teve que ser uma cesariana de urgência.
Mas prometo que virei aqui muito em breve contar tudo...

Para já, quis vir aqui só para dizer o quão feliz eu sou desde que Deus colocou esta pérola na minha vida, o quão grata eu Lhe estou por esta benção concedida.

Ainda dou por mim, passados quase dois meses, a olhar para ela com a alma cheia, com os olhos rasos de água, com o coração tão, mas tão cheio de felicidade e de gratidão, com um grito mudo cá dentro de pura alegria e orgulho. Choro mas é de felicidade, por poder olhar para tamanho tesouro e saber que é meu, que vou ter o privilégio de ser eu a encaminhá-la nesta estrada chamada vida, de lhe ensinar a gatinhar, andar, comer, ouvir, falar, respeitar, crescer, sorrir e rir, vencer, levantar-se quando cair, limpar as lágrimas, agradecer, e sobretudo, ensiná-la a ser feliz.

Quem é mãe sabe do que falo. Do tamanho do sentimento que vai crescendo com a barriga mas que explode quando vemos pela primeira vez este novo ser que acabámos de colocar no mundo, não tem palavras para ser descrito de tão imenso que é. Veio-me à cabeça a imagem do símbolo matemático que representa o infinito, aquele oito deitado, é assim que é o sentimento, desmesurado e sem fim.

É tão grande que chega a dar medo, medo de falhar, medo que aconteça alguma coisa, medo de ainda não acreditar que seja real, medo de não conseguir proteger sempre (e é verdade que nem sempre os conseguimos proteger sempre...), medo do que não controlamos, do que não está nas nossas mãos.
Mas vencemos esse medo. Enviamo-lo para as catacumbas do nosso ser porque tudo o que mais queremos é o bem do nosso filho, o melhor para ele, e convencemo-nos que vamos protegê-lo sempre. Pelo menos tudo faremos para tal. Por ser mãe de terceira viagem, tenho bem a noção de que é uma ilusão, nem sempre conseguimos. Mas é nosso dever estar atentos, estar por perto, de olhos bem abertos para os poder ajudar logo que caiam ou mesmo antes disso.

A imensidão do que vive em mim desde que ela nasceu, confesso que era um sentimento já existente que ficou ainda mais forte.
Porque este milagre foi tão mas tão desejado e esperado.
A quem estou a dever uma promessa, Notre Dame des Neiges, não me esqueci.
E a quem, lá do alto, me ajudou a concretizar este desejo, obrigada. Sei que teve mão tua e é com os olhos molhados e o coração cheio de saudades que escrevo estas palavras. E com pena. Pena que desta vez não possas estar presente.

Podem chamar-me o que quiserem mas sei reconhecer um milagre quando vejo um. E ela é mesmo O MEU MILAGRE de tão perfeita, de tão linda, de tão saudável (que é o que uma mãe mais quer, não é?), de tão tudo e mais que eu nem tinha pedido ou sonhado.... Porque será que desde o início que este blog se chama 'O nosso milagre' ? Não acredito em coincidências.

Prometo amar-te, educar-te, ser a melhor mãe do mundo para ti enquanto respirar.

Bem vinda filha, a este mundo, mas principalmente às nossas vidas.


Já te tinha dito hoje que te amo? :-)